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Devo Dizer a Verdade? 3 Perguntas para se determinar Quando Ser Sincero

Adaptado do podcast de Monica e Michael Berg Fome de Espiritualidade podcast. Ouça e inscreva-se aqui.
Março 4, 2024
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Mentir é sempre errado? Ao nos confrontarmos com essa indagação, uma resposta comum seria que devemos evitar mentir a todo custo e que, além disso, sermos sinceros é a coisa certa e moral a se fazer. A realidade é que dizermos sempre a verdade não é uma regra espiritual. Na verdade, mentir tem seu momento e lugar. Existem maneiras corretas e razões para se contar uma mentira, e o tipo certo de mentira pode na verdade promover conexão entre as pessoas.

Aqui estão 3 perguntas a se fazer para definir se é hora de ser sincero ou de omitir a verdade:

1. Você está sendo verdadeiro consigo mesmo? A autorreflexão ajuda a nos orientar sobre quando ser sinceros com os outros

Uma das coisas mais difíceis na vida é ser verdadeiro consigo mesmo. As mentiras que contamos a nós mesmos são mais nocivas do que as mentiras que contamos para outras pessoas. Essas mentiras em que acreditamos tornam mais difícil entender quando devemos ser sinceros com os outros.

Uma grande mentira que dizemos a nos mesmos, frequentemente, é que o nosso esforço no trabalho espiritual é o bastante. Cada um de nós é tão poderoso, e nossa Luz é tão forte, que não importa o quanto de bondade estamos praticando ou o quanto nos desenvolvemos, ainda estamos longe de alcançar nosso potencial. Quando começamos a nos convencer de que o trabalho espiritual que estamos fazendo já é o bastante, tal mentira nos impede de nos esforçarmos ao máximo.

Também mentimos para nós mesmos quando acreditamos precisar da aprovação de outros ou que nos percebam de uma determinada forma. Essa mentira altera nossa forma de agir, nos fazendo tentar agradar às outras pessoas ao custo de deixar de viver de forma autêntica e em alinhamento com nossa alma.

Outra mentira que contamos a nós mesmos é sobre o que mais importa em nossas vidas. Isso pode nos fazer dedicar muito tempo, energia e capacidade mental para áreas de nossas vidas que são menos poderosas e transformadoras.

Quando você vive uma vida baseada na  verdade consigo próprio, mente-se naturalmente menos e, se o fizer, será pelas razões corretas. Tirar um tempo para ter uma conversa verdadeira consigo mesmo e realinhar suas intenções é uma maneira poderosa de começar a viver autenticamente. E a partir desse ponto, você pode começar a definir como melhor interagir com os outros.

2. A mentira te beneficia de alguma forma? Caso positivo, é melhor ser sincero.

Normalmente há dois tipos de mentiras que contamos: as que beneficiam os outros e as que são em benefício próprio. A maioria de nós ou mente para parecermos melhores ou porque é mais confortável contar uma mentira do que falar a verdade. Estes tipos de mentira são na verdade uma forma de nos sentirmos melhor conosco, a partir do ego, e não sobre o que é melhor para a outra pessoa.

Se quisermos viver honestamente, precisamos ser curiosos sobre o porquê de estarmos mentindo. Seria para evitar conflitos desagradáveis, sermos aceitos, sermos respeitados ou evitar constrangimentos? Ou seria para ajudar, proteger, apoiar ou compartilhar com outra pessoa? Há uma razão por trás de cada uma das nossas pequenas mentiras. Seja diligente em descobrir suas intenções. Se a mentira beneficia você de alguma forma, é melhor ser sincero. Por outro lado, se é para o benefício da outra pessoa, há uma probabilidade de que mentir seja realmente a melhor coisa a se fazer.

3. Você opta por ser  sincero ao custo de ser gentil? É melhor escolher a gentileza do que a dura verdade. 

Muitas vezes, as pessoas  buscam ser sinceras ao custo de serem gentis e compassivas. "Falar a minha verdade" muitas vezes é sinônimo de "Eu serei cruel." Serve como uma desculpa para as coisas inadequadamente duras que estão prestes a serem ditas. Muitas vezes esse tipo de franca sinceridade pode causar muito mais danos do que trazer um maior benefício pela verdade. 

A verdade nua e crua às vezes pode inibir o crescimento de outra pessoa. Um amor rigoroso ou a bruta sinceridade pode ser prejudicial. Coloque-se no lugar da outra pessoa:  Essa sinceridade vai magoá-la tanto, de tal forma que a dor será mais insuportável do que a da própria lição em si? A vergonha ou o constrangimento podem ser muito piores pelo resto de suas vidas.

Antes de compartilhar a sua verdade, pergunte-se: “Eu parei para realmente perceber e avaliar como a outra pessoa receberá isso ou o como isso pode machucá-la? A mensagem é tão importante que devo transmiti-la sinceramente?”. Se você tiver que escolher, escolha a gentileza em vez da verdade.

Quando se trata de sinceridade, não se trata apenas sobre mentir ser errado e falar a verdade ser sempre a coisa certa a se fazer. Definitivamente existem momentos em que não se deve mentir e momentos em que se deve. Quando se trata de contar mentiras que nos beneficiam, todos nós podemos nos esforçar para ser mais sinceros. Avalie se você está buscando ganhar ou compartilhar com sua mentira e se está sacrificando sua gentileza em troca de sinceridade. Quanto mais verdadeiro e conectado você estiver consigo mesmo, mais você poderá ajustar sua interação com outras pessoas e falar intencionalmente.


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